Sinopse: “Eu quis relatar um ano de vida de uma turma do quinto ano do ensino fundamental da pequena aldeia da Úmbria onde leciono há muitos anos porque, ouvindo, dia após dia, palavras e emoções, raciocínios, hipóteses e perguntas surgirem na voz de meninas e meninos com quem trabalhei durante cinco anos, tive a sensação de me deparar com descobertas preciosas, que nos ajudam a seguir rumo ao âmago das coisas e à origem mais remota de nosso pensar o mundo.” Nos diálogos desenvolvidos pelos alunos sobre questões que se referem a Matemática, Ciência, Arte e História, temos a impressão de percorrer novamente a evolução da cultura humana. Vivenciamos o encantamento de assistir ao nascer de um pensamento. Assim, este livro não é mais um burocrático manual de didática que se soma a uma fileira já longa demais. Pelo contrário, cada página transborda poesia espontânea, sem, todavia, se deter em uma estética satisfeita com o mundo encantado da infância. No diário de um ano de escola, em que cada aluno é protagonista de uma pesquisa em conjunto, manifesta-se o cerne do diálogo didático: “tentar dar uma forma ao mundo”. E essa proposta pedagógica nova, com sugestões concretas para um ensino inovador e evidentemente capaz de buscar um sentido à existência, se torna também uma fascinante narrativa antropológica.