Vidas inteiras

Sinopse: Caso lesse esse livro, Harold Bloom poderia dizer que a poesia de Adriana Godoy pertence ao rio poético que corre em toda a América (do norte, central e do sul) a partir de Walt Withman, sua fonte. Ainda que a questão da fonte possa ser discutida, a natureza dessas águas não o é. São águas caudalosas – porque sempre cheias de conteúdo emocional – e ao mesmo tempo límpidas – porque nunca se turvam com sentimentalismos de qualquer espécie- anárquicas, no sentido em que a poesia contida nelas não obedece a parâmetros formais ou estilísticos de qualquer ordem. Adriana não trata as palavras como se fossem pedras preciosas que precisam ser cuidadosamente lapidadas, nem se dedica a explorar a sinuosidade semântica da relação entre elas; sua poesia é mais como uma crônica, um blues da alma, com as palavras formando blocos sólidos de acordes que às vezes escondem, às vezes evidenciam a ‘blue note’, a bela nota quase dissonante e característica de todo blues. Aqui existe mais do que a influência da poesia beat; existe afinidade. E o rio continua a correr. Guga Shultze

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